Adaptação e primeiros dias do bebê (Pega, Posição, Pressões, peito cheio)
ADAPTAÇÃO E PRIMEIROS DIAS DO BEBÊ
Como o bebê mama? Como facilitar a pega? |
COMO COLOCAR MEU BEBÊ NO PEITO?
Posição mãe sentada – nossa barriga e a do nosso bebê em contato; o rosto do bebê de frente para o peito; boca bem aberta abocanhando boa parte da aréola (ou ela toda, se for pequena), os lábios do bebê virados para fora- tipo boca de peixe!), queixo do bebê encostando no peito.
Posição mãe deitada – mãe e bebê deitados de lado, um de frente para o outro (barriga com barriga) elevando um pouco a cabeça do bebê (pondo o antebraço ou um pequeno travesseiro); o rosto do bebê de frente para o peito; boca bem aberta abocanhando boa parte da aréola (ou ela toda, se for pequena), os lábios do bebê virados para fora- tipo boca de peixe!), queixo do bebê encostando no peito.
Posição “cavalinho”- o bebê senta em uma das pernas da mãe de frente para o peito, a mãe sustenta parte da coluna e cabeça do bebê com uma das mãos e a outra mão pode segurar o peito para oferecer ao bebê; o rosto do bebê de frente para o peito; boca bem aberta abocanhando boa parte da aréola (ou ela toda, se for pequena), os lábios do bebê virados para fora- tipo boca de peixe!), queixo do bebê encostando no peito.
Posição invertida - imaginar uma “bisnaga” debaixo do braço... é assim que nosso filho ficará! A cabeça do bebê de frente para um peito e as pernas embaixo de um dos braços (em direção às costas); essa é uma boa posição para amenizar as dores das fissuras e desobstruir os ductos da área embaixo o braço. E manter o rosto do bebê de frente para o peito; boca bem aberta abocanhando boa parte da aréola (ou ela toda, se for pequena), os lábios do bebê virados para fora- tipo boca de peixe!), queixo do bebê encostando no peito.
Posição deitada de barriga pra cima- mãe deitada de barriga pra cima e bebê sobre a mãe (com a barriga voltada para a barriga da mãe) o rosto do bebê de frente para o peito; essa é uma boa posição para quem tem uma produção excessiva de leite. Lembrando de manter o rosto do bebê de frente para o peito; boca bem aberta abocanhando boa parte da aréola (ou ela toda, se for pequena), os lábios do bebê virados para fora- tipo boca de peixe!), queixo do bebê encostando no peito.
PRESSÕES NA AMAMENTAÇÃO
A relação mãe/filho não se resume na amamentação; claro que esta é de suma importância para a criação do apego entre os dois. Há vários obstáculos em nossa relação diária com nossos bebês, e um dos mais graves são as pressões que recebemos de todos os lados: de nossos familiares, dos amigos e também dos profissionais de saúde. Elas começam de maneira sutil: “o neném está chorando muito, e engordou muito pouco; acho que seu leite não deve estar sustentando-o”; ou ainda: “você é muito nova, nunca teve filho antes por isso não entende como cuidar do bebê”; “está vendo como ele não quer pegar seu peito?”; e mais: “olhe, faça o seguinte: dê primeiro o peito, mas depois você complementa ...” Depois vão se tornando mais agressivas, como: “ai, meu Deus, você está matando essa criança de fome”; “você quer que seu filho fique subnutrido?”; “o leite materno só é importante nos primeiros 6 meses, depois disso não tem mais utilidade nenhuma”; “criança que fica mamando toda vida, fica dependente”.
Todas essas formas de pressão levam a mãe à angústia, ansiedade, à intranqüilidade, à insegurança, ao desespero, à culpa e, finalmente, a mãe se sente totalmente incompetente para por em prática seus desejos, seus sonhos, sua realização, sua intuição. E então surge um outro sentimento: a frustração.
E aí, quem paga essa conta? Claro que é a mãe, o pai e o bebê! Sim, o bebê também, porque ele se vê privado de receber o melhor de sua mãe, que é o seu leite de vida, leite de amor, leite de confiança, leite de segurança, leite de carinho, de força e de coragem. É bom lembrar que o bebê não vem ao peito da mãe só por fome de alimento; ele sente fome também de tudo isso acima.
Como é possível superar isto? Uma mulher pode procurar dentro de si seu poder, sua força e sua sabedoria. Buscar junto a outras mães que estão nesta fase uma troca de experiências. Pode buscar a tranqüilidade em pessoas que amamentaram e deixar de ouvir os vaticínios dos agourentos, que só vêm fracasso, erros e desesperos. Há horas difíceis? Claro, como em tudo na vida, mas também há flores, céu azul e amor, há dias de chuva e de estio, e a cada dia basta seu próprio peso e trabalho. Será que temos de acrescentar preocupações e problemas às ocupações do dia a dia?
Se amamentar e ter filhos é tão problemático, como existem tantas pessoas ao nosso redor? Como nasceram e cresceram nossos primos, irmãos amigos, vizinhos e inimigos? Não pode ser tão complicado assim!!!, certo? |
Peitos doloridos ou machucados, Peitos empedrados, ordenha de alívio
A experiência com a amamentação do ponto de vista natural, deveria ser uma prática bem tranquila e com sucesso. Acontece que a amamentação não é apenas uma questão natural; é também uma questão emocional e cultural. Por isso, como qualquer nova experiência requer muita observação, paciência, e persistência. Muitas das nossas angústias e medos podem permear estes momentos. Ah, que venham como conhecimento de nós mesmas e crescimento!!!
Mas... como nem tudo sai como desejamos, às vezes nos encontramos em apuros. Dor e rachadura nos bicos do peito são alguns destes apuros.
BICO RACHADO
O que pode estar causando isto?
- bebê está abocanhando mal o bico. A sua posição em relação ao corpo da mãe pode estar incômoda e a cabeça ficar virada forçando a abocanhadura mais de um lado que do outro do mamilo. Barriga com barriga – seja deitada sentada ou de pé, facilita que a cabeça fique de frente para o peito.
- Conforto, se a mãe está cômoda, se sente relaxada, fica tudo mais fácil. Colocar um apoio para o pé, um travesseiro nas costas, ou apoiar a cabeça se está deitada ajuda a deixar o ombro solto, evita dor nas costas e faz da amamentação um momento de repouso e prazer.
- Se o bebe fica chupetando por muito tempo em vez de mamar, pode machucar o bico (ele fica escuro e dolorido). O bebê chora por várias razões: fome ou sede, sono ou dor, frio ou até mesmo porque está incomodado pelas tensões dentro de casa. Nem sempre é transformando o bebê em broche (pendurado no peito) que resolvemos todas as questões. Soltar o bico colocando o dedo mindinho no canto da boca pode ser necessário. Para reconhecer quando o bebê mama pode ser olhado o movimento da base da orelha ou o pescocinho na hora do “glupt... imaginando que o bebê faça, ao mamar, nhoin nhoin nhoin glupt ao engolir
- O uso de produtos sobre o bico durante a gravidez (óleos, cremes, álcool) pode irritar a pele do mamilo e facilitar a rachadura.
- Amamentar com o peito muito cheio, quase sem bico ou com o bico esticado e duro pode ser uma outra causa de dor.
O que se pode fazer para melhorar?
Usar o próprio leite após cada mamada. Deixar que uma gota escorra e então passar na parte escura (aréola) e no bico deixando secar naturalmente.
- Manter ao máximo o bico seco evitando abafar e que fique molhado por muito tempo.
- Esvaziar um pouco o peito antes da mamada.
Com peitos muito duros é preciso ordenhar.... as MAMAS MUITO CHEIAS...
Para facilitar você pode colocar dois dedinhos de água morna em uma bacia que caibam as duas mamas, colocando a bacia sobre uma mesa e debruçando sobre ela, deixar que a água banhe os bicos do peito (só os bicos) por uns instantes enquanto você balança o quadril. Este movimento de “abanar o rabo como um cachorrinho” faz com que as mamas se balancem suavemente sem se chocarem. Isto provoca a abertura dos ductos de saída e a descida de parte do leite. A água começará a ficar turva com o leite e assim a massagem e a ordenha manual ficam mais fáceis.
Massagens redondinhas com a polpa dos dedos... usar a força correspondente a formar uma bolinha de massinha, aquela do jardim de infância... nem muito apertados nem frouxos demais, os dedos massageiam em pequenos círculos os “carocinhos” em volta do bico, dissolvendo e amaciando aréola inclusive. Isto “forma “ o bico para a mamada, ajuda na ordenha alivia a tensão dos peitos cheios, mas deve ser acompanhada de inicialmente da área perto do bico e depois em círculos que se afastam do bico em direção à base do peito. Sempre com atenção de não escorregar os dedos sobre a pele para não tracionar ductos cheios de leite e fazer lesão nestes ductos.